Duas das coisas que mais gosto de fazer ao desenvolver uma história em quadrinhos é definir o seu fluxo narrativo e tentar achar maneiras de fazer coisas experimentais.
A HQ acima - que resolvi destrinchar, quadro a quadro - faz parte de uma série de histórias curtinhas que pretendo desenvolver em mais quantidade. Elas partiriam do seguinte mote: certas coisas acontecem em nossa vida quando não tem ninguém vendo. É uma teoria que defendo. Mais ou menos como uma Lei de Murphy.
Por exemplo: Um alienígena só aparecia na minha frente se eu estivesse absolutamente sozinho. Porque daí, se eu fosse contar pra alguém, ninguém botaria fé justamente por não ter visto junto comigo. Deu pra entender? É uma teoria meio lelesque, mas que eu realmente defendo, com todas as forças.
Enfim, a HQ acima foi uma tentativa de "defender" essa idéia. Mas não achei que ficou muito boa. Tive essa sensação no meio da história, mas como estava gostando dos desenhos, resolvi ir até o fim. Ela não tem muito sentido de existir, achei que ficou meio boba. Mas gosto da maneira como consegui desenvolver o fluxo narrativo, achei que a passagem de um quadro para o outro ficou muito legal, gostei da maneira como posicionei cada câmera.
E também gostei do grau de experimentalismo da história. Apesar de não ter gostado do resultado final, gostei muito de ter feito algo bem nonsense. Pretendo desenvolver melhor essas HQs, abordá-las com temas mais relevantes e que permitam a criação de histórias que tenham razão de existir.
Bom, eu não ia mostrar essa mini-HQ pra ninguém, mas errar também faz parte do processo criativo, e acabei resolvendo postá-la no blog. Taí.
